Transcrição do áudio:
A euforia trazida pelo poder não é devido ao fato de ele ser tão satisfatório, mas devido a inconscientização que ele faz sobre a própria patologia. O indivíduo poderoso cria leis e sistemas de vida, que são acatadas; imediatamente, ele sente como se a sua teomania, megalomania e narcisismo tivessem vencido; é a realização plena de sua fantasia, como um demônio que criou uma nova forma de existência, e deu certo. Há muito tempo, a humanidade vem sendo dirigida por ideias patológicas, que agora precisam ser analisadas. Lembro-me neste momento de um filósofo americano, que não foi levado muito a sério, e que falou verdades incríveis; o seu nome é Thorstein Bunde Veblen (1857-1929).
Ele era de opinião que a história da humanidade sempre se caracterizou pela luta entre forças predatórias e construtivas; o pirata do século XVI transformou-se no homem de negócios do capitalismo moderno, e o barão que roubava na Idade Média, assumiu as feições de um respeitável magnata financeiro (Dowd, P.: Thorstein Veblen).
Livro: A Libertação dos Povos – A Patologia do Poder, de Norberto Keppe.
Locução: Celso de Andrade