Paz Mundial e o Reino de Deus

História Secreta do Brasil, de Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco

A paz mundial, a espiritualização, o Reino de Deus na terra são aspirações que existem no coração de cada um de nós, mesmo que não o queiramos perceber claramente; entretanto, para que possamos alcançá-las, precisamos conscientizar a causa de nossas desavenças, a fim de neutralizá-las. Em numerosas obras Keppe trata dessa magna questão, como nos trechos a seguir, selecionados de seus livros Glorificação e Contemplação e Ação (op. cit.):

“O problema da verdade não é filosófico ou religioso; é psicológico porque, quanto mais enxergamos a negação que fazemos à verdade, mais a vemos – pois a característica da consciência é ser o olhar da eternidade derramado em nosso interior. Tudo o que existe, os tempos passados e futuros, a beleza e magia, toda a bondade e complacência, está sintetizado em nosso íntimo, não como unia chama apenas, mas uma fogueira que arde, para o todo e sempre. Cada uni de nós se constitui em uma luz do Criador, que ilumina sempre, mesmo que não o queiramos – porque não há ser algum, que não se enterneça diante da bondade, que não se inflame pela verdade , e não se extasie frente a beleza absoluta, que captamos por partes, se bem que a saibamos e percebamos no seu total.

Alguns dos antigos pensadores helênicos estavam tão maravilhados com Deus, que achavam que todas as coisas eram parte dele (panteísmo); sabemos que tudo repousa, depende e precisa dele; toda a maravilha e alegria são seus reflexos. Mas Ele próprio é ainda muito maior e, quanto mais o aceitamos, mais participamos da vida que não só veio dele, mas cresce continuamente em nosso interior.

Parece-me que a principal revelação é a que diz respeito ao nosso interior, com toda a gama de verdade que contém e de atitudes errôneas que fazemos, contra a realidade, pois o único problema, que existe em todo o universo, é o da conduta do ser humano, não importa em qual planeta viva. Estou dizendo que a verdade, Deus, está à nossa frente, dando-nos a mão, conversando conosco, apaziguando nossas angústias, amando-nos, alegre com nossa presença, fazendo o que pode para nos ajuda: E não queremos aceitá-lo.
Podemos falar que temos agora uma natureza decaída, mas Deus está exatamente onde sempre esteve, isto é, neste paraíso – pois Ele não poderia ter criado senão o que fosse maravilhoso. E, mesmo com tal “natureza”, sabemos que tudo continua como antes. Então, por que não ver bem, usar da consciência adequadamente, para recolocar cada coisa (que deslocamos), novamente na sua devida posição? Só depende de nossa vontade.

Parece existirem no universo cem bilhões de galáxias, que contêm bilhões e bilhões de sóis, planetas, cometas e satélites, sendo quase inimaginável aquilatar o seu tamanho. Pensem agora que Deus é um ente, um ser muitíssimo maior do que tudo isso.

Tudo o que existe é criação de Deus, que a ofertou ao ser humano para cuidar, usufruir e se desenvolver com esse maravilhoso empreendimento: o grande desabrochar da ciência, as novas percepções no campo do pensamento, os sentimentos (o amor) são a mesma manifestação divina, através das criaturas que realizam o bem, por meio da verdade e da beleza. Poderia ser de outro modo?

O ser humano passa a vida toda à procura daquilo de que se afastou, e de que não consegue se esquecer ou seja, de Deus. Todos os seus movimentos, sentimentos e pensamentos estão voltados para o Ser Supremo, em uma atitude de sofreguidão – mesmo que não o perceba claramente – simplesmente porque nós fomos criados, e com todas as ‘fibras”, para a glória da beleza, da verdade e da bondade, que não está somente no Criador, mas na totalidade de cada pessoa. Queiramos ou não, nosso destino é a glorificação, que só pode ser junto de quem já a tem, para sempre.

Olhando-se para o futuro, e vendo à frente, bilhões de trilhões de anos – o tempo mais que suficiente para passar inúmeras galáxias, com os seus sóis, planetas e cometas, possuidores de milhões e milhões de civilizações, e seres humanos, que se sucedem — não há outro sentimento, senão o de adoração, perante a grande, a enorme, a estarrecedora luz do espaço, bilhões de bilhões de vezes muitíssimo maior do que tudo isso — para dizer a verdade, sem limite de tamanho e de tempo.

Sabemos de tudo isso, temos consciência desse amor, que nos inunda, cada instante, seja com a luz do sol, com a delicadeza das estrelas e o bálsamo suave do luar; sentimos perfeitamente a presença desse gigantesco e maravilhoso Ser, em cada pipilar dos pássaros, no rumorejar das águas sobre as pedras, no movimento brusco dos répteis. Percebemos perfeitamente a proximidade desse Ser, principalmente em cada homem, mulher e criança, que levante seus olhos, porque sabemos que recebemos uma chama que não se apagará eternamente e que arderá mais fortemente, quanto mais próxima estiver dele”.

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