Mulheres – mais de 50% dos cidadãos do planeta; pilar central do organismo chamado família; as soberanas da dimensão dos relacionamentos humanos, do campo dos sentimentos, emoções, intuições.
O sexo “frágil” no sentido de força física, mas o mais poderoso no sentido dos assuntos mais íntimos da alma humana.
Diz o ditado: “o homem é a cabeça e a mulher o pescoço”, que vira e leva a cabeça onde quer – e muitas vezes faz com que o homem a perca (a cabeça).
Até hoje, a mulher foi sempre analisada sob a perspectiva de vítima da sociedade e dos homens. O curso As Mulheres no Divã marca uma virada, necessária, quando passamos a analisar a psicopatologia feminina, advinda do campo afetivo.
O psicanalista Norberto R. Keppe descobriu que, se o indivíduo não conhece a patologia na base (sentimento), tudo o que pensar (intelecto) será falso e suas atitudes destrutivas.
Quando a inveja (e a inversão) domina o indivíduo, seja ele homem ou mulher, ele terá problemas graves no campo da sua filosofia de vida (a razão) e seu trabalho causará muita destruição.
Sendo assim, a influência da mulher na sociedade (analogicamente ao que ocorre na dimensão psíquica) é mais de base, que pode ser com o sentimento de amor ou de inveja, e é mais oculta, passando muitas vezes despercebida.
Se o sentimento dominante for mais o de amor, sua influência será altamente benéfica e construtiva e se for o de inveja causará enormes transtornos.
No livro As Mulheres no Divã esclareço que, devido à influência e domínio que a figura feminina exerce na formação emocional dos meninos e na convivência familiar, os homens muito desequilibrados e sem ética são frutos de más experiências com as mulheres na sua infância/adolescência.
Estou dizendo que a mãe (ou equivalente) desequilibrada, inconscientizada de sua inveja, deformará todos os membros próximos da família, o que mais adiante acarretará as corrupções, violências, injustiças e deformidades sociais.
Assim, também a mulher bondosa vai ajudar a formar os homens (e mulheres) geniais e santos da humanidade. Não raro, a mãe mais equilibrada pode neutralizar os efeitos nefastos de um pai mafioso, alcoólatra e doente mental em seus filhos.
Fonte: Revista de Psicanálise Integral, Análise da Psicopatologia da Mulher, Universo Psíquico Feminino, Editorial de Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco