Empresas e Residências Trilógicas

Roberto Silvano de Abreu¹, Carlos Moccagatta²

Trilogical Enterprises and Residences

São Paulo, 2023

RESUMO

A economia está cada vez mais nas mãos de poucos e de interesses particulares de grupos minoritários na sociedade, da tendência em criar monopólios onde tudo é controlado e onde a chance de o povo participar é mínima. O dinheiro é colocado em primeiro lugar, os valores humanos não aparecem e o povo, em grande parte, fica marginalizado. A Sociedade Trilógica, com seus modelos de empresas e residências, é uma nova organização da sociedade, na qual as pessoas estão verdadeiramente livres para realizar tudo o que é bom, belo e verdadeiro; na qual o povo, consciente da psicopatologia humana (inveja e desejo por poder), não permite que os indivíduos mais desequilibrados dominem a sociedade.

Palavras-chave: Empresas trilógicas. Residências trilógicas. Patologia social. Socioterapia.

ABSTRACT

Economy is increasingly in the hands of a few and of the particular interests of minority groups in society, with the tendency to create monopolies where everything is controlled and where the chance for the people to participate is minimal. Money is put in first place, human values do not appear and the people, for the most part, are marginalized. The Trilogical Society, with its models of enterprises and residences, is a new organization of society, in which people are truly free to do all that is good, beautiful and true; in which the people, aware of human psychopathology (envy and the desire for power), do not allow the most unbalanced individuals to dominate society.

Keywords: Trilogical enterprises. Trilogical residences. Social pathology. Sociotherapy

Texto

Faculdades Trilógicas – Centro de Línguas Millennium
Empresas Trilógica

O Centro de Línguas da FATRI é o processo de início de uma empresa trilógica, no qual um pequeno grupo de pessoas organizou-se para realizar o sonho de trabalhar com um ofício do qual gostam e que lhes permitisse viver confortavelmente, obtendo recursos financeiros satisfatórios.

Criada em 1997, por professores brasileiros, europeus e norte-americanos, a Millennium Línguas cresceu tanto que seus professores se uniram para formar as Faculdades Trilógicas em várias línguas

A empresa existe e atua fortemente no mercado, no qual, segundo dados do IBGE, aproximadamente 22.000 empresas encerram suas atividades todo ano no Brasil.

O Centro de Línguas Millennium foi criado em 1997, com base nos ensinamentos trilógicos do cientista e psicanalista Norberto R. Keppe, que desenvolveu um modelo empresarial que corrige e ameniza a psicossociopatologia nas empresas tradicionais.

O ensino trilógico também proporciona um aprendizado terapêutico de alto nível, conseguido pelo método que ajuda o aluno e o professor a trabalharem com a consciência das dificuldades e bloqueios de aprender uma língua.

O método também capacita o indivíduo a enfrentar os problemas em sua vida prática de trabalho, relacionamentos, interação com a sociedade e em outras áreas, até mesmo melhorando sua saúde mental e física ao tomar conhecimento e consciência de sua consciência. Desse modo, ajuda-o, assim, a passar de um nível de existência ligada ao sensorial e material, fixada em prazeres, dinheiro, comida ou sexo, para uma vida mais equilibrada e calma, proporcionando um desenvolvimento maior, psicofísico e espiritual.

“Muitos imaginam que, por estarem trabalhando em escolas, empresas, bancos, instituições financeiras, pesquisa científica, departamentos públicos ou qualquer espécie de emprego, estão produzindo tudo o que poderiam para si mesmos e para a humanidade.” (Pacheco, 2016, p. 119)

O modelo empresarial Trilógico tem base na cooperação, um trabalho construído com a participação de todos, numa estrutura horizontal, possibilitando a participação de todos os seus integrantes, e não vertical como nos modelos tradicionais competitivos, nos quais um tenta competir e se sobressair em relação ao outro. No decorrer da ação é que o processo trilógico atua, possibilitando identificar os problemas e patologias individuais, que são tratados pelo grupo integrante.

Normalmente, em uma empresa, o conhecimento dos erros é escondido e procura-se evitá-lo, devido a um processo que Keppe descobriu e nomeou de Inversão. Invertidos em nosso modo de pensar, sentir e agir, acreditamos que a verdade nos prejudica e contrariamos a realidade, distanciando-nos cada vez mais do progresso, que tem base na Verdade, Beleza e Bondade, na verdadeira realização em nossa existência.

Trata-se de uma atitude de censura velada ou explícita, que prejudica a correção daquilo que impede o nosso desenvolvimento , o desenvolvimento de uma empresa e das pessoas que trabalham nela.

A Sociedade Atualmente

“No gráfico acima, vemos o modelo de sociedade verticalizada, em que o povo não tem participação alguma em decisões importantes de seu interesse, sendo subjugado aos interesses de uma
minoria no poder.
No segundo gráfico, ilustra-se a função do trabalho trilógico, que é o de libertar o povo das prisões econômicas e sociais, possibilitando sua expansão no sentido universal.” (Pacheco, 2016, p.
119)

 

O gráfico acima mostra como a expansão acontece, gerando uma energia de crescimento semelhante ao da Criação. Deste modo, existe a possiblidade de restaurar a sociedade em sua forma original, já existente em sua base, conforme explica Keppe em seus livros A Libertação do Povos, Trabalho e Capital e Sociopatologia, como um DNA já existente de por si, que foi deturpado pelos interesses minoritários, colocando o particular acima do geral.

Keppe explica, por meio de suas descobertas sobre a Física, cujo nome também corrigiu para o de Energética, que a Entropia, palavra existente nos dicionários, é o processo oposto ao da Tropia, termo este criado pelo autor. A Tropia é o processo natural da Criação, que permite que a vida aconteça, que as plantas cresçam, e o ser humano se desenvolva.

Todos os trabalhadores da empresa trilógica, no caso o Centro de Línguas Millennium, possuem inúmeros benefícios tais como: casa para morar em bairro nobre da capital paulistana, alimentação completa, transporte, viagens, cultura, e a possibilidade de aperfeiçoamento cultural e cognitivo, estudando e produzindo cada vez mais, além de terapias etc.

Residências Trilógicas

A residência tradicional é um sorvedouro de energia material e psicológica, porque serve atualmente a 3 ou 4 pessoas, isolando-as do convívio pessoal e, ainda, atacando a grande sociedade. As pessoas que se desenvolvem nesse tipo de vida têm uma visão muito pequena da realidade, e a maior dificuldade é o cerceamento total que sofrem em sua liberdade; suas vidas tornam-se totalmente bitoladas, sem a dimensão universal que cada uma deveria ter.

A fuga dos jovens dos anos 60 e 70 constituiu o maior exemplo: eles tiveram um dia que voltar, porque não conseguiram organizar um tipo de vida diferente, como o das residências trilógicas. (Keppe, 1990, p. 256)

Vemos que, hoje, o ser humano é totalmente aprisionado aos modelos vigentes, isto é, na sua total dependência dessas estruturas. A empresa e a residência trilógica são a sua mai-or alternativa, em contraposição a essa organização que se mostra acima de tudo desumana, e na qual o ser humano é sempre posto à prova na questão econômica e egocêntrica: o oposto do lado humano e universal.

A genialidade de Keppe é, sem dúvida, a saída para todo esse caos que o ser humano criou. Naturalmente, suas descobertas ligadas à questão social (empresas e residências) têm sido experimentadas ao longo de 40 anos, e têm dado bons resultados, um passo inicial para a grande socialização que o ser humano tanto precisa. A Residência Trilógica constitui a Socioterapia Básica, para a formação de uma convivência mais equilibrada.

“Em minha opinião, o sistema tradicional social chegou ao fim; por exemplo, uma família morando em uma casa com seus carros, cachorros e gatos é algo do passado porque: a economia de uma pessoa não é mais suficiente para manter esse tipo de residência; tal tipo de vida ocasiona um coartamento total de percepção e inteligência; ela é a fonte de toda a corrupção e desequilíbrio social.” (Keppe, 1990, p. 256).

“É importante expressar que não quisemos formar comunidades isoladas da sociedade global já existente, mas pretendemos, através de pequenas adaptações, uma total reformulação na filosofia de vida — transformar as sociedades humanas, dando-lhes condições imediatas de grandes impulsos e resultados práticos evidentes. Essas residências são uma nova proposta de organização social, onde o poder econômico-social não é o dominante, mas o bem-estar do ser humano” (Adendo 1. A Sociedade Trilógica – Cláudia Bernhardt Pacheco – Livro A Libertação dos Povos, 1987, p. 212)

Referências Bibliográficas

KEPPE, N. R. A Libertação dos Povos: A Patologia do Poder. São Paulo, Ed. Proton, 1987
KEPPE, N. R. A Libertação dos Povos: A Patologia do Poder. São Paulo, Ed. Proton, 1990
PACHECO, C. B. S. ABC da Trilogia Analítica – Psicanálise Integral. São Paulo, Ed. Proton, 2016

Notas

1 Tecnólogo em Processos Gerenciais. Tradutor-Intérprete Juramentado pela JUCEMG – MG. Professor de idiomas (inglês, francês, espanhol) do Centro de Línguas das Faculdades Trilógicas. Pós-graduado em Psicossociopatologia pelo IK&P – São Paulo – Brasil. Formado em Administração de Empresas pelas Faculdades Anhembi-Morumbi. É também Tecnólogo em Gestão de Pequenas e Médias Empresas e Empresário Trilógico.

2 Realizou Estudos de Desenho e Publicidade e cursou a Faculdade de Belas Artes, em Buenos Aires – Argentina. É Diretor de Criação, Empresário e Diretor de Marketing das Faculdades Trilógicas.

 

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