Editorial
Desde há muitos séculos, o poder do dinheiro vem delimitando a estrutura econômica social, com grande prejuízo não só dos povos, mas também das suas próprias fontes produtivas.
Quantas escolas filosóficas e sociológicas diversas pautaram as regras do trabalho e da riqueza das nações sem que tenham contribuído significativamente para a civilização como um todo?
Seria necessário que um cientista detectasse a causa principal desses problemas, com uma visão transdisciplinar, e esse cientista foi Norberto Keppe, criador da ciência da psicossociopatologia, pois foi capaz de unificar o campo da psicopatologia (patologia psíquica do indivíduo) e da doença da sociedade (sociopatologia), entendendo a interação entre esses dois fenômenos e os males que geram para a humanidade e para o meio ambiente.
Em grande parte, Keppe começou a pesquisar a patologia social quando se mudou para os Estados Unidos e lá desenvolveu o modelo do tecido psicossocioeconômico, que chamou de Empresas e Residências Trilógicas.
Neste modelo científico e experimental, Keppe desinverte vários princípios, sejam da economia sejam da estrutura social e da vida afetiva e espiritual. O resultado foi um modelo terapêutico que trouxe grandes benefícios aos seus participantes, no campo da saúde física e mental, educacional, econômico e patrimonial, sendo que essas unidades permanecem ativas desde 1984.
Este número da Revista de Psicanálise Integral visa trazer artigos de pesquisadores do referido modelo trilógico, sem a pretensão de já terem chegado a uma fórmula definitiva e estática.
A ciência de Keppe está sempre evoluindo e corrigindo seus próprios erros, permitindo um acréscimo contínuo de qualidade e verdade.
Destes princípios devem partir os progressos para uma sociedade mais saudável.
Cláudia Bernhardt de Souza Pacheco